terça-feira, agosto 30, 2005

Modernices

Há agora um anúncio na TSF com a voz do não-sei-quê Guilherme onde se ouve: "... e se... ganha um váucher". Um wausccher? Foda-se lá o provincianismo português. A crise não vai ser ultrapassada lá porque em vez de não-sei-oquê as pessoas passam a ter wauxers para viajar. Nós não vamos entrar no G-9 por causa disso. Ou vamos?

Já agora, só para dar bom ar, podíamos passar a pedir dizcauntez nas lojas, ou pedir para falar com "o meu acaunte ménajar" quando formos ao banco. Mesmo que não haja nada na acaunte para ménaj.


Um abraço e até logo, que eu tenho duas sobrinhas a caminho

Deve ser da minha mente perversa

Para quem não entende a invasão norte-americana do Iraque, foram recentemente disponibilizados dois apêndices didáticos que ajudam a compreender o empreendimento.

Deve entender-se que para cometer uma barbaridade daquelas, só um povo semelhante ao invadido comete a invasão - quer dizer, no mesmo grau de desenvolvimento.

Então, primeiro - um pastor (de ovelhas) nos Estados Unidos apelou à eliminação física de Hugo Chavez (assassinato). Vamos ver se é detido pelas autoridades, tal como Washington faz com casos semelhantes tratando-se de muçulmanos (e não chegam a pedir a eliminação de Bush).

Segundo - ouvi eu dizer ao arbusto que com a chegada do furacão Katrina restava à América rezar e pedir a Deus que nada de muito mal acontecesse. Que cada americano crente reze por si e por todos, ninguém pode recriminar a atitude, que o Bush o faça, tudo bem, mas que o Presidente entregue à divina previdência o destino da região numa altura de aflições, faz lembrar os tempos em que andávamos de fio dental à volta de totems e a matar gente para apaziguar deuses. É elucidativo. E explica a mentalidade que preside ao Mundo.


Um abraço e até logo

Decididamente, Paris está lá

Não imaginei que este post (ou seja, imediatamente a seguir ao anterior) fosse sobre nova desgraça, mas mais um incêndio aconteceu na capital francesa num prédio de africano. Novamente houve vítimas, novamente morreram crianças.

É capaz de ser muita revolta, mas só me vem esta ideia à cabeça - não há luta contra o terrorismo tão eficaz como isto (entenda-se como se queira).

sexta-feira, agosto 26, 2005

A França está bem, a caminho do terceiro mundismo

É bom, muito bom. Principalmente numa altura em que já ninguém pode ouvir os emigrantes com o habitual “lá em França é que é bom, aqui não é, nha nha nha nha nha”. Hoje foi terrível, com crianças a morrerem por culpa das autoridades francesas que, depois de o mesmo ter sucedido com outro edifício semelhante no início do ano, deixam que esses albergues sem condições continuem a ser a casa de emigrantes desgraçados. Quase todas as vítimas eram senegalesas. O Eliseu dirá “oras”. Se fossem franceses, seria uma tragédia nacional. Mas eu digo – foi uma tragédia. Que afectou cidadãos do terceiro mundo num país dito civilizado. O país das Luzes.

Mas a semana não começou bem para os indomáveis gauleses. Foi mais ou menos assim: (Jornal L’Équipe) Nós sabemos que o Lance Armstrong só ganhou o Tour em 99 porque se dopou porque um senhor de um laboratório foi a umas amostras de 1999 do Armstrong e sem ninguém saber fez uns testes a EPO (eritropoietina) e deu positivo e por isso o Armstrong é um sacripantas mas agora se ele quiser uma contra-análise não é possível porque isto já diz respeito a uma coisa que se passou há muito tempo e o que eu fiz já foi fora de tempo e não devia ser feito mas juro por minha honra qu esta é a verdadinha e o Armstrong não deixa de ser um mentiroso e isto digo-o eu e está dito e acabou-se e agora o L’Équipe também o diz por isso lixámos a vida ao americano que não tinha nada que vir para aqui ganhar a nossa prova quando muito bem entendia. Tá feito.

O pior é que logo alinharam na crítica ministros, directores de prova e outros parvalhões que tal. O país das Luzes a caminho do terceiro mundo, sim senhor.


Um abraço e até logo

sábado, agosto 20, 2005

O treinador de patinagem artística

É sempre divertido ouvir as teorias de José Peseiro. Isto, claro, evitando sempre pensar na falta de capacidade de encaixe do treinador do Sporting - que não consegue aceitar que "a melhor equipa da Europa a pressionar alto" sofra golos. Equipa, aliás, que a jogar como contra a Udinese vai vencer todos os jogos em Alvalade, "porque a jogar assim, só por um mero acaso alguém fará 0-1 em Alvalade, o que seria um acaso".

Para já, esquece-se que a Udinese fez, e merecidamente, 0-1. E ontem o Belenenses marcou. Mas Peseiro, que diz ser tão frontal e tal e coisa, o que nunca disse aos adeptos foi isto: é verdade, falhámos a jogar com defesa em linha - toda a gente sabe como é o jogo dos italianos, feio mas eficiente, e se não fosse um bandeirinha a tirar três fora-de-jogo mal tirados à Udinese (um deles deu um chapéu ao Ricardo com golo anulado) a esta hora estaríamos a caminho de Itália com 0-4 na bagagem.

Eu vi o jogo com sportinguistas e a opinião deles não foi diferente da minha, até tremiam quando a Udinese lançava contra-ataques. Sim, é verdade, houve um penalti claro sobre o Liedson: seria 1-4.


Um abraço e até logo

sexta-feira, agosto 19, 2005

Back to Lisboa

Finitate les vacacionas, veneto encontrar la me cidat más calmate per com sus peculiartats.

Per exemple, los afixes de Carrilho - ond apareç com Maria de Belém, lendeç: Vamos fazer mais pelos idosos. Ét lind perque los estrangers que visitat lisbons devet pensar - qu'estranhe gentia, la espectativitad de vidá dev essere molte baiçx nest paiis.


Isto não é português nem catalá nem nada, mas ainda lá hei-de chegar. Um abraço de boas-vindas mas ao contrário. Um abraço e até logo