segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Amarga Sinfonia

À porta da casa, dispõe-se a sinfonia. Cá dentro um Bennett jovem está contido. Mas olho duas vezes e um jovem acoberta-se em entulho a um canto do túnel à minha frente. E a minha mulher pergunta-me dizendo "é triste". Bennett percorre nova frase quase solta. A minha mulher fala com a nossa filha na parte de trás do carro. Chove Chove Chove. O tipo cobre-se e esconde a cara do frio. Pergunta ainda a minha filha com a voz a fugir-me atrás da porta do carro que se fecha "Quem é este senhor?" e deixa-me só com Bennett e a chuva. Ensinei-lhe que toda a gente é senhor ou senhora. E espero que nunca o esqueça. Até chegar a outros destinos passo ainda por dois desses senhores. De ar perdido e pés à chuva. À entrada de um túnel mais longo atravessa-se à minha frente um janota cinquentão que passa a estrada onde não deve. Mas de ar irrepreensível. E sinto uma irresistível tentação de lhe passar a arrogância a ferro.

2 Comentários:

Blogger xistosa, josé torres disse...

Eu passo a minha roupa a ferro desde muito novo. Era obrigado.

Mas acho que são tarefas mais femininas ... e nem sei se há ferros arrogantes!

12:56 da manhã  
Anonymous Juan disse...

Gracias por el blog!

4:16 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial