quinta-feira, dezembro 15, 2005

Poema que fugiu do Moleskyne

Noite fria a esculpir o corpo começo a andar contra o gelo E Movo-me Quero não parar de andar Passo a passo atrás de passo Nesta noite fria Olho para mim para lá de mim e o que quero Continuo a andar Não queria ter de deixar de andar

Mas há aquelas outras coisas que me detêm Pequenas coisas Grandes e desvio-me do fio de prumo Ensaio novo passo de mim No futuro Mas os ossos a zero graus começam a dar de si

Estou a andar E agora já só queria ter a sorte de que na hora quando chegar a hora Que os cães não me ignorem e os seus latidos se ouçam em um só Mas os cães podem estar distraídos ou zangados e negar-me o epitáfio Que digo eu A condição maior que será Se Continuar a Andar a minha e a deles


Um abraço e até logo

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial