quarta-feira, maio 19, 2004

A matança prossegue suave como uma brisa

Foi sem acreditar que ouvi as notícias da tarde. Que Israel tomara em mãos a espada. Que crianças e jovens haviam sido vergados em sangue às mãos de um plano de nome poético - "Arco-Íris e Nuvens".

Vi então imagens desses mortos antes do tempo. A verdade era assim ao correr dos olhos. Uma das fotografias mostrava uma criança - 13 anos é criança - embrulhada em tecido com manchas vermelhas, as marcas da infâmia. Estava virado para mim de cabeça, os pés para a frente. Tive de voltar a cabeça ao contrário para lhe perceber os traços infantis na pele já cinzenta. Olhei-o bem e não, não era o rosto de um animal que se abate porque rosnou à nossa passagem.

Um abraço ferido e até logo

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

ora

8:36 da tarde  

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