terça-feira, setembro 09, 2003

Blog Classics 1

Quando eu era novo - como na cançoneta dos Pink Floyd - e o Sol brilhava durante a tarde e se punha laranja mais para a noite, havia uma coisa que se chamava Toddy. O Toddy eram umas latinhas feitas ergonomicamente à medida da mão de um puto de dez onze anos. Muito mais pequenas do que as latas de Coca-Cola, traziam dentro um leite achocolatado consistente e macio - como se fosse retirado à saída da teta da vaca e adicionado com chocolate sedoso mas não demasiado doce.

No fim da lata tínhamos restos semi-líquidos de chocolate, ou semi-sólidos de leite, como um néctar, um bónus só comparável a gelado italiano mas melhor, muito melhor - o melhor da infância.

Tenho pena de todos os miudos que nasceram depois de 1980 e não chegaram a ter o prazer de esfolar os joelhos em futeboladas pela tarde fora para depois chegar a casa e beber um Toddy fresquinho. Como eu fazia tantas e tantas vezes. A dar golos largos, o cabelo molhado e o suor a cair-me pela cara. A tarde a cair, com o Sol a pôr-se laranja ao fundo da minha rua, a desaparecer por detrás da igreja.

É uma pena, o Mundo do mercado é muito insensível.


Até logo

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