sábado, julho 21, 2007

EU E A MINHA AVÓ

Quando era novo e ainda pós-feliz costumava ouvir o Final Cut numa velha cassete velha e obrigava a minha avó a ouví-lo comigo. Dizia-lhe que começava com qualquer coisa sobre Jesus e ela dizia que devia ser bonito e que era bonito. Era sempre Verão, a aldeia pertence à categoria das coisas que não se contam. E era bonito. Mas eu enganava a minha avó.

AND NO ONE KILLS THE CHILDREN ANYMORE
NIGHT AFTER NIGHT
GOING ROUND AND ROUND MY BRAIN
HIS DREAM IS DRIVING ME INSANE

Não. Eu não lhe podia inflingir essa dor. Ela não merecia. Não era a culpa dela.

DID THEY EXPECT US TO TREAT THEM WITH ANY RESPECT?
THEY CAN POLISH THEIR MEDALS AND SHARPEN THEIR
SMILES, AND AMUSE THEMSELVES PLAYING GAMES FOR AWHILE
BOOM BOOM, BANG BANG, LIE DOWN YOU'RE DEAD

Como a minha avó teria compreendido a minha ira.

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