sábado, agosto 25, 2012

A CONTRADIÇÃO DO BORGES

À TVI disse o antigo braço do FMI e banqueiro da Goldman Sachs que concessionar a RTP permite três objectivos em um: poupar dinheiro, manter a televisão pública na quinta do Estado e garantir a entrega aos portugueses de um serviço público de televisão. (talvez se perceba agora por que o homem foi despachado pelo banco mais poderoso do mundo)

A jornalista Judite Sousa começou com "e agora a notícia mais importante do dia" - no dia em que se soube de uma derrapagem monumental da execução orçamental, um buraco de 5 mil milhões de euros e perguntou adiante: há interessados em comprar a RTP1? porque seria esta - segundo a jornalista - a notícia do dia, a venda da RTP a uma empresa privada. Borges responde: "parece-me que sim, parece-me que sim, porque realmente (esfrega as mãos) trabalhar com a RTP como ela existe hoje, mantendo a contribuição do Estado para o serviço público, mas depois operando livremente em concorrência com os outros operadores é uma solução que atrai muita gente. Não tenho dúvidas sobre isso". (claro que foi despachado)

Ora: 1. garantir o serviço público e 2. operar livremente em concorrência com os outros operadores. Como o outro ministro, Borges não passou do índice no estudo do dossier sobre comunicação e serviço público de televisão. Talvez o índice dê equivalência em perito sobre o SPT.