sábado, outubro 23, 2004

CHEGA

Esta imagem não deveria repetir-se nunca mais. Onde estamos a falhar, vinte anos que passaram desde que um bando de drogados resolveu dar um concerto para remediar males que políticos sempre apresentáveis olhavam de lado, como coisa repugnante (melhor que morram e se acaba logo, de uma vez, com o problema). Não há maior ignomínia do que ter filhos da puta a assobiar para o lado enquanto passam os olhos por uma criança que assim se despede da vida.

A propósito, quanto vale uma vida humana? Deverá estabelecer-se um sistema de coordenadas planetárias para proceder à avaliação? Que coração limitado têm os avaliadores.

Como não estender a mão e esperar que nos perdoem? Não compreendo. Meu Deus, ajudai-me a livrar-me da culpa. Fazei disto uma empresa e de mim um instrumento. Lágrimas não matam a fome.

Quantos de nós poderemos ser como este Homem?


Que a mensagem não se perca, um abraço

terça-feira, outubro 19, 2004

E nós... na espuma dos dias

O que não vai ser notícia nos telejornais de hoje:

BÉBÉS E CRIANÇAS INFECTADOS COM O HIV MORREM A TODOS OS MINUTOS EM ÁFRICA POR FALTA DE MEDICAMENTOS - UMA MORTE QUE NÃO É FÁCIL PORQUE É DE UMA DOR INSUPORTÁVEL ATÉ PARA OS ADULTOS. E assim acabam para a vida sem perceber porquê.

segunda-feira, outubro 18, 2004

Quem sou eu para duvidar

A propósito da polémica de ontem na Grandiosa Luz - A única coisa que eu posso acrescentar é a que dada altura, logo após o frango do Baía, o meu telefone tocou. Era o Stevie Wonder, que estava lá no estádio, a gritar: "Foi golo. Daqui de onde estou viu-se perfeitamente".

Agora, uma opinião pessoal. A culpa é do Petit. Quem o mandou rematar e criar as condições para o frango? Por mim, era castigá-lo com um ordenado, dois meses sem jogar e uma semana na solitária.

Quanto ao resto, gostei do arzinho infeliz do Victor Fernandez a tentar convencer-se enquanto dizia: "Provámos que somos a melhor equipa" (na cabecita dele passava entretanto um néon a dizer: penalty e golo anulado dava 2-1, fosgas).


PS - Vá lá, que todos os males do Mundo fossem este.


Um abraço e até logo

terça-feira, outubro 12, 2004

BZZZZZZZZZZZZZ........

Não sei o que disse o primeiro-ministro. Não sei se quero saber. Sei que ele não quer que eu saiba. Pelo que o que tinha a dizer Santana Lopes não interessa. Não aquece, nem arrefece. Eu estava a descansar com a minha filha e esse é sempre um tempo bem empregue. Quanto ao que disse o primeiro-ministro, sem contraditório, foi para o tecto. A confusão é dele. Fala mas mente antes de falar.

Obrigado por este Governo, senhores. Já se sentia falta dos Monty Python. Quando for para votar terei em conta estes critérios que me são endoutrinados.


Um abraço e até logo

SCHIIUUU.................................

Remeto-me ao silêncio porque eu quero, não porque eles querem.

sábado, outubro 02, 2004

More of the same, Mr. Bush - but will I get to do better?

Se o que se introduz em título é verdade quanto à estratégica histriónica da actual administração norte-americana quanto ao Iraque - e John Kerry não se cansou de o repetir -, a verdade é que o antigo herói do Vietname não passou de "I can do better".

Gostei, não me custou aquele sono posto no prego até às quatro da manhã. O que me custou foi o esforço para me desviar da, primeiro, luzinha verde, depois, luzinha laranja, por fim, luzinha vermelha, até à implosão final a anunciar em efeito pirilampo uma buzina que nunca soou.

Também me custou ver um esforçado George W. Bush, que não cometeu gaffes e até sabia o nome do líder da Polónia, repetir até à exautão que "it's hard work".

Help may be on the way, mas a verdade é que assim the way is wide open para um novo mandato de um Bush cheio de confiança e que até trata o presidente Putin por Vladimir.


Um abraço e até logo